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domingo, 17 de julho de 2011

Thiago Tavares promete vencer no UFC Rio para buscar o topo dos leves


É incomum um atleta lutar dez vezes no UFC sem sequer chegar perto de brigar pelo cinturão, mas também sem nunca ter corrido o risco da degola.

É assim com Thiago Tavares. O peso leve (70kg) de Florianópolis se mantém no evento mais prestigiado do MMA desde abril de 2007, apesar de um cartel inconstante com 5 vitórias, 4 derrotas e 1 empate no Ultimate. Dos dez combates, apenas três foram pelo card principal, ou seja, televisionados.

Entretanto, três derrotas de Tavares renderam a ele bônus de melhor luta da noite. E o chefão do UFC Dana White valoriza o espetáculo, mesmo na hora da derrota. O brasileiro bom de jiu-jitsu tem 15 vitórias na carreira e tinha entrado invicto no Ultimate. Venceu 3 seguidas antes de perder uma luta que dominava na última aparição dele em março.

Tavares foi escalado para o concorrido UFC Rio, agendado para o dia 27 de agosto. Encara o veterano especialista em muay thai Spencer Fisher (24v, 7d). Em entrevista ao blog Por Dentro da Arena ele promete bater Fisher, mira o cinturão dos leves e analisa a derrota para Shane Roller na última vez que pisou no octógono.

POR DENTRO DA ARENA - Por vir de derrota e de uma carreia com altos e baixos no TAVARES - Ultimate você acha que corre risco da degola caso perca no UFC Rio?
Tenho 10 lutas no Ultimate e ganhei quatro bônus (por melhor luta ou finalização). Sempre quis fazer lutas maravilhosas. Tenho algumas derrotas infelizmente, são 15 vitórias e quatro derrotas na carreira. Mas eu acho que sou exatamente o que eles querem. Sempre ofereço o que eles querem e pedem, que é uma luta agressiva. Sempre busco a finalização. Então, nem passa pela minha cabeça ser demitido. Pode acontecer. Ninguém ta imune a isso. Mas não passa pela minha cabeça.

As quatro derrotas da sua carreira foram no UFC. Sentiu a pressão do evento ou o nível dos atletas de lá é mesmo bastante superior?
No Ultimate você vê grandes lutadores, os melhores do mundo, chegando lá e perdendo. Isso acontece constantemente. O Minotauro, por exemplo, perdeu duas seguidas agora lá. Realisticamente falando, é o maior evento do mundo, é um nível muito competitivo, mas o Thiaguinho Tavares está lá (risos).

Na sua última luta você estava quebrando o Shane Roller, mas levou um bombão e apagou. O que faria de diferente numa revanche contra ele?
Não faria nada de diferente. Eu tava dominando a luta. Eu bati muito nele, mas simplesmente Deus olhou pra ele e falou: “é você que vai ganhar essa luta.” Ele meu deu um soco durante a luta toda. Eu quase nocauteei ele. Ele é três vezes all american (campeão de wrestling), e tentou três vezes me quedar, mas defendi as três. Quando fui dar minha primeira queda, eu consegui. Então, até na especialidade dele eu fui melhor do que ele. Então, não faria nada de diferente. Minha consciência ficou tranquila depois da luta.

É frustrante ter dez lutas no UFC e nunca ter disputado o cinturão?
Eu confesso que entro pra matar ou morrer. Eu venho numa constante evolução. Eu busco o cinturão, eu sonho com isso, é o foco na minha vida. Mas todo mundo tem sonhos e infelizmente eu não consegui realizar esse sonho ainda.

O que falta pra chegar lá?
Eu venho numa constante evolução. Vinha de três vitórias seguidas até perder essa última luta. Cada vez me sinto melhor no meu boxe, no meu muay thai. Cada vez vou conseguir mostrar mais o meu trabalho, mais quem é o Thiago Tavares.

O UFC Rio será o maior momento da sua carreira até agora?
O Ultimate pra mim é uma maquina realizadora de sonhos. Luta no UFC Rio é mais um sonho sendo realizado. Toda minha cidade, toda galera de Florianópolis, e toda minha família estará lá. Vai ser demais.

Seu próximo rival, o Spancer Fisher, gosta de trocar em pé. Como vai se desenrolar essa luta se depender de você?
Vai ser o seguinte: eu vou ganhar. Essa luta vai ser minha. Não sei ainda como vou ganhar, mas depois da luta eu te conto como que foi (risos).

Como seria a luta perfeita contra ele?
Ele é canhoto, então eu desceria nas pernas dele, quedando, ganhando a meia (guarda), passando (a guarda) e partindo para o braço. Essa é a luta perfeita. Eu nem penso em machucar ele. Quero finalizar rapidinho e ir embora.


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